A Experiência do Jornalista Luiz Ademar Jr.

Profissionais sofrem pressão em seus ambientes de trabalho, mas quando a causa da pressão é por motivo desonesto, torpe, ganancioso e até certo ponto covarde, isso reflete o estado de patologia do autor.
Caso flagrante é o do ex-comentarista do SporTV, de onde foi demitido na leva de vários profissionais que foram dispensados pelo canal na reformulação do esporte do grupo Globo no fim de 2017. Estamos falando do jornalista Luiz Ademar, que se pronunciou abertamente pelo Twitter e fez acusações sérias contra a emissora.
Em uma conversa, Ademar fez duras críticas a antiga casa onde trabalhava e disse que o SporTV orienta sua equipe de comentaristas a falarem mal dos clubes que assinaram com o Esporte Interativo para o Brasileirão de 2019, de forma que uma postura intransigente dos comentaristas para com esses clubes poderá ser notada ao longo da transmissão de cada jogo. Esporte Interativo é um canal de TV brasileira com a programação 100% dedicada ao mundo dos esportes e traz tudo sobre o futebol.
Os clubes que assinaram com o Esporte Interativo são Palmeiras, Santos, Internacional, Atlético Paranaense, Coritiba, Bahia, Figueirense, Ponte Preta, Santa Cruz, Ceará, Sampaio Corrêa, Criciúma, Joinville, Paysandu, Paraná e Fortaleza.
Segundo Ademar, o SporTV em reformulação, agora tem profissionais de outras áreas falando de futebol, e acrescentou: “...depois da minha saída, nunca mais assisti a programação do canal. Os programas estão cada vez piores. Pegam gente de fora do futebol, com nome em outras áreas, e deixam vomitar merdas. São os ‘modernos'”, disse o jornalista.
E acrescentou: “Claro que pediram para falar mal! E eu disse que sou jornalista e não entendo nada de negócios. Falaram que o meu emprego dependia disso. E voltei a falar: sou jornalista e falo o que julgo correto. Não sei se esse foi o motivo, mas fui atingido no corte! Sem problemas!”
Foi o que se extraiu sobre trechos do twitter:
— Luiz Ademar C. Jr (@LuizAdemarJr) 24 de janeiro de 2018
Não. Pediram para não alisar com os clubes que assinaram com o canal interativo. Todos eles. Mas como nunca fiz o recomendado, e disse que era jornalista e não executivo, desistiram de mim. Em todos os sentidos….. rsrsrsrsrs
— Luiz Ademar C. Jr (@LuizAdemarJr) 24 de janeiro de 2018
Além disso, Luiz Ademar explicou sobre detalhes da orientação para falar mal sobre os clubes que assinaram com o Esporte Interativo. “Claro que pediram! E insistiram! E eu disse que sou jornalista e não entendo nada de negócios. Falaram que o meu emprego dependiria disso. E voltei a falar: sou jornalista e falo o que julgo correto. Não sei se esse foi o motivo, mas fui atingido no corte! Sem problemas!”, explicou.
A insistência foi explícita: “Pediram para não alisar com os clubes que assinaram com Esporte Interativo. Todos. Mas como nunca fiz e disse que era jornalista e não executivo, desistiram de mim. Em todos os sentidos….”, completou Ademar.
Esses aspectos, chocantes, vividos por profissionais da área de comunicação põem em evidência a honestidade das emissoras de comunicação sobre seus conteúdos, nas pessoas dos seus ambiciosos gestores e daqueles que cedem à pressão, quando a questão é ganhar dinheiro em desmerecimento da ética. E, convenhamos, nessas situações sombrias não vale excluir regras no trato e na exposição da informação, tudo é válido ali, mesmo que no jogo dos negócios, exemplificado por essa desonesta manipulação trazida pelo jornalista Ademar, atinjam pessoas que estão relaxadas em seus lares para assistir um evento de entretenimento.
Vale destacar que um profissional ético se sente na obrigação de abortar um problema assim, é o caso do Luiz Ademar, em que pese trazer esses fatos a público pode expor o profissional a um outro tipo de censura não apenas perante a emissora de TV onde repercutiu o fato, mas também deve repercuti em nós, na condição de público que acompanha a programação esportiva do canal.

O socialmente adequado diante de fato tão grave é questionarmos se os profissionais que ainda permanecem na emissora, submetidos às situações diretas como estas, provocadas por gestores de perfil tão baixo, e principalmente aqueles profissionais que se submeteram à proposta ou possam transigir com o tempo à desonesta e à desnecessária manipulação de ardil mentiroso para o ouvinte menos avisado, seja deixar de assistir a sua programação. Eu, contudo, estou convencido que a questão de inadequação moral do país agride, de fato, todos os meios, todos os ambientes...

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