SER INTUITIVO.
Ser intuitivo é ser
autoconsciente. Ser autoconsciente é ser capaz de compreender as partes de si
mesmo, no seu imaterial, naquilo que existe dentro da obra física e psicológica
do ser humano.
Os benefícios desse
tipo de compreensão são, obviamente, infinitos, mas raramente discutidos são
todos os desafios que vêm com o ser humano até que ele alcance uma total
sintonia com seu interior.
O que vamos
sucintamente apontar são as coisas com as quais as pessoas, mesmo aquelas
altamente intuitivas, têm que lidar todos os dias:
1. É comum que se saiba, quando em mediano desenvolvimento intuitivo, perceber quando
alguém está envolto por uma vibração diferente, em confronto com ele próprio, mesmo não sendo capazes de dizer nada que realmente faça sentido ou que claramente se defina.
E isso se dá em
diferentes contextos. Social, familiar, profissional, etc.
Assim, por uma
questão de manter a estrutura física e psíquica em relativo equilíbrio, em
relação ao sistema social, nem sempre se deve falar sobre os aspectos
vibracionais, ora contraditórios, percebidos do outro.
2. Quase nada é tão irritante como
quando as pessoas fingem emoção, porque se pode percebê-las claramente.
E é algo que as
pessoas fazem o tempo todo: fingir emoções para obterem uma certa reação de
outras pessoas. (Geralmente atenção ou amor)
Tal percepção,
analogamente, é tão fisicamente palpável como qualquer emoção real.
3. O Ser intuitivo se sente,
estranhamente, responsável por consertar os problemas do mundo.
Essa é
provavelmente a mais difícil equação. O resultado de deixar a intuição
desaparecer dando lugar à empatia, mas não deixar a empatia desaparecer a fim de evitar emoções em questões que não são realmente do indivíduo. E penso que se deva
racionalizar e não transigir na iminência desta situação é um exercício
diário...
Caso de desatenção
pessoal neste quesito é, rotineiramente, encontrar o indivíduo em conversações
profundas consigo mesmo tentando resolver problemas de todo mundo, de toda sorte, como se fossem seus.
4. Às vezes, é difícil ser capaz de
determinar se se estar com excesso de pensamento ou se fixando em alguma coisa.
A ironia está no fato
de que pessoas intuitivas são apenas criaturas humanos, falíveis. Às vezes, há o equívoco de se pensar que estão sentindo algo só por que os pensamentos os convenceram assim.
É extremamente
crucial para as pessoas intuitivas serem capazes de usar a lógica para
determinar no que confiam e como possam agir sobre aquela percepção.
5. Indivíduos intuitivos vivem em um mundo que valoriza a
lógica mental, não o raciocínio emocional.
Não apenas no contexto atual, executar a atitude
de “fazer as coisas a qualquer custo e o mais rapidamente possível” é o fator responsável por grande parte da miséria coletiva.
Assim, ao valorizar o raciocínio
emocional, aponta-se de grande urgência perceber a necessidade de corrigir o
quesito da individualização a qualquer custo, e de aplicar fraternidade, diariamente,
de forma inteira e integralizada.
6. O Ser intuitivo pode sentir mais do
que se deseja, e desenfreadamente. Por isso, acaba se fechando, com medo e com exaustão.
Mas é necessário aprender a andar e a avançar...
Honestamente, pessoas
com este nível de desenvolvimento nem sempre querem aprofundar sobre as coisas
que instintivamente intuem já saber. A percepção de que detém esse entendimento
tácito muitas vezes as levam a um fechamento das próprias emoções, apenas para
não terem que lidar com algo que não conhecem de verdade, e por terem de avaliar
até onde se aplicam suas percepções nos múltiplos casos.
7. Os hiperautoconscientes podem ter a
falha convicção de sentir que estão em alto padrão de consciência e que dominam
os efeitos das percepções, apenas pelo fato de perceberem mais que a maioria e
de intuir sobre como as pessoas pensam.
Alguns, assumem comportamentos
semelhantes a crianças que se vêm preocupadas com o que as outras pessoas possam
estar pensando sobre elas, "gênios em conflitos" – geralmente porque podem “saber”, com alguma precisão, o que a
maioria das pessoas ainda não conseguem, e com simultaneidade.
De outro modo, seria
bom que os "gênios" entendessem o quanto antes que apenas estão passando por
aperfeiçoamento não muito claro do mecanismo intuitivo, e que para tanto precisam aperfeiçoar a si, consistentemente, principalmente quanto ao desenrolar dos processos
de pensamentos interiores, seus e das pessoas, de forma tal profundos, sem interferir no outro desastrosamente.
8. Há o equívoco de que se queira mais
do que apenas “descobrir as coisas”.
Eis o perigo! Pessoas
prosperam em matéria de segurança consciencional, de modo que a auto-vigilância para não
interferir no campo do outro é basicamente necessária. Quando isso não acontece, há uma
tendência ao desequilíbrio, por exemplo, de quererem mergulhar em um relacionamento quando apenas
na certeza de que é com “a pessoa certa”, ou mesmo de que “podem mudar o outro”. O desequilíbrio em casos assim é crescente e acarreta prejuízos de toda sorte.
A tendência na
repetição deste comportamento falho se torna uma luta, porque a questão não é sobre
estar certo, é sobre se propor a aprender algo que a vida exige que se desembarace em seu próprio mecanismo individual. Nada acontece de evolutivo quando
alguém se coloca afirmativamente certo sobre o que “deveria” ser à escolha do
outro.
Em que pese incorrer em equívocos, algo acontece
quando esse alguém decide por tentar, de forma contextualizada, consciente, observando situações a partir
das suas experiências sutis, mesmo que não lhe traga certezas, mas supere o
próprio medo de tentar. De simplesmente tentar.
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