BURNOUT – VOCÊ SABE O QUE É ISSO?
Síndrome de Burnout é um estado de
esgotamento físico e mental cuja causa está intimamente ligada à vida
profissional.”
Algo pressupõe que a dedicação exagerada à
atividade profissional é uma característica marcante de burnout, mas não
a única. O desejo de ser o melhor e sempre demonstrar alto grau de desempenho é
outra fase importante da síndrome: o portador de burnout mede a
auto-estima pela capacidade de realização e sucesso profissional. O que tem
início com satisfação e prazer, termina quando esse desempenho não é
reconhecido. Nesse estágio, necessidade de se afirmar, o desejo de realização
profissional se transforma em obstinação e compulsão.
Essa obstinação e compulsão, não necessariamente,
passa por doze estágios conhecidos:
- Necessidade de se afirmar;
- Dedicação intensificada - com predominância da necessidade de fazer tudo sozinho;
- Descaso com as necessidades pessoais - comer, dormir, sair com os amigos começam a perder o sentido;
- Recalque de conflitos - o portador percebe que algo não vai bem, mas não enfrenta o problema. É quando ocorrem as manifestações físicas;
- Reinterpretação dos valores - isolamento, fuga dos conflitos. O que antes tinha valor sofre desvalorização: lazer, casa, amigos, e a única medida da auto-estima é o trabalho;
- Negação de problemas - nessa fase os outros são completamente desvalorizados e tidos como incapazes. Os contatos sociais são repelidos, cinismo e agressão são os sinais mais evidentes;
- Recolhimento;
- Mudanças evidentes de comportamento;
- Despersonalização;
- Vazio interior;
- Depressão - marcas de indiferença, desesperança, exaustão. A vida perde o sentido;
- E, finalmente, a síndrome do esgotamento profissional propriamente dita, que corresponde ao colapso físico e mental. Esse estágio é considerado de emergência e a ajuda médica e psicológica uma urgência.
Os sintomas são variados: fortes dores de cabeça,
tonturas, tremores, muita falta de ar, oscilações de humor, distúrbios do sono,
dificuldade de concentração, problemas digestivos. O burnout, assim,
está numa escala crescente em ambientes profissionais, isso por que se
desenvolve como resultado de um período de esforço excessivo no trabalho com
intervalos muito pequenos para recuperação.
Os estudantes são também propensos ao burnout
nos anos finais da escolarização básica e no ensino superior ou mesmo após uma
jornada intensa de estudo quando a meta é aprovação em concursos ou seleções,
muitas vezes continuadas e intensas para aquele cargo desejado pelo candidato,
com privação do lazer, de atividades lúdicas, ou de outro equivalente de
fruição hedônica – quando se tem o prazer e a felicidade como algo supremo e
pouco desfrutado ao longo do período -. Talvez isto seja melhor compreendido
como uma forma de depressão.
Profissionais da área médica consideram a
manifestação do burnout como uma reação à tensão emocional crônica
gerada a partir do contato direto, excessivo e desgastante ou estressante com o
trabalho, essa doença faz com que a pessoa perca a maior parte do interesse em
sua relação com o trabalho, de forma que as coisas deixam de ter importância e
qualquer esforço pessoal passa a parecer inútil.
Entre os fatores aparentemente associados ao
desenvolvimento da Síndrome de Burnout está a pouca autonomia que o
profissional detenha no desempenho profissional, problemas de relacionamento
com as chefias, problemas de relacionamento com colegas ou clientes, conflito
entre trabalho e família, sentimento de desqualificação e falta de cooperação
da equipe.
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