SEGREDO DE ESTADO

Períodos de festas são sempre ocasiões propícias para que os filhos conheçam sobre o orçamento financeiro familiar e  participem das discussões domésticas sobre o assunto. Contudo, é preciso que os pais tomem cuidado com dois aspectos delicados: poupança e renda.

O perigo fundamental para tanto cuidado está na ordem de grandeza dos números. Através de uma percepção inocente sobre valor, mesmo que esse valor esteja abaixo do necessário para sustentar uma família dignamente, uma criança pode representá-lo como uma fonte inesgotável de recursos, e perceber nas pessoas de decisão do seu núcleo familiar como insensíveis — que não lhe traz presentes —, ou mesmo ensejar conversas e esnobações diante dos colegas, o que pode chegar aos ouvidos de outros pais.

Com relativa exceção, “é segredo de Estado” os filhos não saberem quanto ganham os pais. Ainda, pelas mesmas razões, não se deve discutir sobre a poupança da família nem sobre o planejamento para a independência financeira familiar enquanto a criança não tiver maturidade para entender conceitos envolvendo aposentadoria e expectativa de vida. Na verdade, não existe motivos para expor esse assunto aos filhos, evitando-se falsas expectativas.

Nesse tocante, fácil é avaliar que o melhor momento para um dependente saber que há uma boa herança a receber é quando não se precisa mais dela. Antes disso, há grandes chances de destruição do patrimônio familiar.

Outra fonte de interpretação indevida está atrelada ao uso de cheques e cartões. Para crianças mal orientadas, fica a interpretação de que basta fazer um cheque ou entregar um cartão para se comprar qualquer coisa de qualquer valor. Mas os pais podem, em três lições, evitar esse problema de interpretação agindo de forma imediata e adequada.

A sugestão é explicar como funciona o uso do cheque e do cartão de crédito. Digam que para se usar tanto um quanto o outro, guardou-se um dinheirinho no banco. Se estiverem na loja e forem usar o cheque é importante deixar claro para a criança que foi depositado um dinheiro no banco para o lojista recebê-lo no dia seguinte; e quando se tratar de pagamento com o cartão, explique que há um acordo com o banco para não gastar mais do que certo valor — o limite de crédito — e cujo valor não deve ser revelado a ninguém. Mas se a criança insistir e perguntar qual o real valor, expresse uma quantia bem menor do que você realmente ganha ou pode gastar, pois um primeiro passo para a educação financeira é pressupor que em tudo há limites.

Quando a noção de limite no financeira fica claro para a criança, oportuniza adentrar sobre um planejamento familiar mais específico e participativo, como férias por exemplo. Mas esse assunto pode ser abordado depois...

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