LUZES DA ESTRATÉGIA ADMINISTRATIVA.

As primeiras tarefas de um administrador são mobilizar recursos e criar produção em uma organização, independente do seu porte; independente do seu setor econômico. Há também um segundo conjunto de tarefas relacionado com a orientação e controle. Nesse último, particularmente, entendo que o papel do administrador deve ser algo inteiramente proativo, isso por que as forças econômicas definem limites para o que ele possa fazer ou mesmo criar oportunidade para sua ação.

Há de se considerar, contudo, que as forças econômicas não são capazes por si sós de ditar o que o negócio é, nem o que ele faz. São os administradores que ditam, atribuídos do papel principal não somente de criação da organização, quando for o caso, mas também da criação do seu mercado. E o cliente desse mercado — interno ou externo — imprescíndi de um excelente serviço prestado à sua necessidade.

Entendamos, principalmente, que há uma única definição válida do objetivo organizacional: criar um cliente. Esse foco ao cliente não é criado por Deus, pela natureza nem pelas forças econômicas, e sim pelas pessoas que administram um negócio, uma organização, um setor departamental desde que a sua vocação seja claramente entendida por toda a equipe no processo de atrair e manter cliente.

Portanto, mobilizar recursos e criar produção ou serviço, além da orientação para os processos e controle de resultados são quesitos da ação administrativa, que devem agregar valor, criando algo que seja maior que a soma dos recursos utilizados, mas manter clientes satisfeitos é tarefa de todos. Esse conjunto de quesitos quando bem sucedido deve representar mais que o resultado financeiro. Deve ponderar conscientemente o fator de responsabilidade social.

Assim, a dimensão social nunca pode ser esquecida. Isso se torna ainda mais importante à medida que o negócio cresce, a organização cresce, o setor cresce e tudo cria importância — entendida aqui como admiração que cada cliente ou usuário passa a ter pelo negócio oferecido — tornando-se cada estrutura poderosa. O aumento da responsabilidade social, assim, é parte do preço a ser pago pelo sucesso de todas as ações criadas.

Nós, administradores, analisemos a organização em que atuamos e avaliemos se nela apenas se destacam regras pragmáticas. Se assim o for, avancemos para incorporar uma estrutura filosófica que se ajuste ao papel de uma organização forte na sociedade atual.